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Os ratos passeiam no quintal e nada pode pará-los.
Parecem menos antipáticos que seus donos.
Penso em matá-los a pauladas e pontapés, mas veja,
seria como matar um rei em seu trono.
Logo perdôo toda natureza.
O Homem tem por instinto ser sorrateiro,
e aquele que faz por não ser, se vê cercado,
acuado por ratos em todos os volteios.
Por isso que o homem de posses é, de fato,
o maior dos ladrões de queijo.
E há dois tipos nesse nosso meio:
Os que compartilham com os camaradas
e os que entre os sócios fazem o rateio.
O segundo tipo também é um rato, mas é um espécime estranho:
têm asas de urubu, corpo de rato e um bico escorregadio de tucano...
(suspeito...)
Como homens, têm algo de rasteiro na risada,
sempre passando o pano no chão frio
(passado por mão pagas)
para torcer no ralo os pensamentos
esparramados como poeira pela casa.
Miasma.
Assustados e infelizes os nossos mascotes, os ratos.
1 de mai de 2011
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